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quinta-feira, 4 de março de 2010
Tchau
O nome, desconhecido por omissão e gosto. 70 e poucos anos e uso diário da mesma roupa, embora limpa. Sapato baixinho, meia pela canela e o vestidinho estampado, cheio de vida. Os olhos, inertes como a luz, sem luz. O cabelo, indefectível. Impecavelmente penteados, dançavam brancos em dia de vento. Habitava a rodoviária havia alguns anos. Chegava sempre no mesmo horário, costurando o tédio e mascando o ócio. Nunca sorria, nunca falava. No último dia em que foi vista, pagou uma passagem mesmo sem pegar o ônibus.
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Giu, pela primeira vez sua palavra lembrou-me um conto da Clarice Lispector, do livro Felicidade Clandestina.Conto cujo enredo falava bem disto: uma velhinha que vai caminhando...
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