Postagens populares
-
Tava pensando em escrever uma crônica mas ela tinha que ser engraçada, porque crônica sem humor é muito sem graça. Se bem que não tem que t...
-
A quem imagin(va) o amor como essa clara coisa , nítida. O amor ofusca Estela sempre foi minha melhor amiga. Mesmo ejaculando implicância s...
-
Certa vez, no continente africano, ocorreu o encontro anual dos bichos. Como de praxe, todas as espécies foram obrigadas a enviar um represe...
quinta-feira, 4 de março de 2010
Tchau
O nome, desconhecido por omissão e gosto. 70 e poucos anos e uso diário da mesma roupa, embora limpa. Sapato baixinho, meia pela canela e o vestidinho estampado, cheio de vida. Os olhos, inertes como a luz, sem luz. O cabelo, indefectível. Impecavelmente penteados, dançavam brancos em dia de vento. Habitava a rodoviária havia alguns anos. Chegava sempre no mesmo horário, costurando o tédio e mascando o ócio. Nunca sorria, nunca falava. No último dia em que foi vista, pagou uma passagem mesmo sem pegar o ônibus.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Giu, pela primeira vez sua palavra lembrou-me um conto da Clarice Lispector, do livro Felicidade Clandestina.Conto cujo enredo falava bem disto: uma velhinha que vai caminhando...
ResponderExcluir