Postagens populares
-
Tava pensando em escrever uma crônica mas ela tinha que ser engraçada, porque crônica sem humor é muito sem graça. Se bem que não tem que t...
-
Depois que a mulher pariu os dois de uma veizada só não sobrou recurso pra luxo, pra passeio e nem mó de jogar bola. Tempo ficou foi definha...
-
Cresceram juntas Joana e Clara na mesma rua; filhas de pais humildes, frequentaram os anos iniciais na mesma escolinha. Foi quando Clara gan...
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
A Tia
Os dias escorriam estanques pela vida alheia e a janela, cúmplice mais fiel da amargura pálida de Tia. Os ponteiros pontilhavam imóveis enquanto as banhas brancas da Tia escorregavam ao parapeito. O operário pontual, a jovem bela, a vizinhança esbelta, ativa e longínqua debochavam da Tia, invisível. O cigarro, a janela amiga, os doces e o tédio reconstituíam a cada dia a rotina clara e calma do desespero.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Que desespero, que angústia.
ResponderExcluirAgora escreva A Mãe! rs
ResponderExcluir"Cúmplice mais fiel da amargura pálida (E INVISÍVEL) de Tia"
ResponderExcluir