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quinta-feira, 3 de junho de 2010
Represados
Depois que a usina veio pra cá, papai pegou mais peixe não. Ficava brabo como o demo e a mamãe falava em mudar pra cidade. O velho dizia que prá lá num voltava não. O que o governo faz num tem volta. O rio mundão parou, estancou, represou, que nem a vida da gente. Na última vez que o papai foi pescar, demorou mais que de costume. Fui procurar ele no rio. O chapéu do papai veio à margem despedir de mim.
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Amigo, o título me fez pensar mais do que a história. São coesos, claro, mas a palavra em si me revela tanta coisa.Boa escolha, como sempre.
ResponderExcluirOi primo, sauda'danada... A última sentença, isto é, o desfecho do "míniconto" é o seu forte. Seu esforço explícito de concisão por vezes produz uma prosa 'boa de ler', simples, direta, que busca as almas ressequidas e despedaçadas dos seres, qual mosaico de leito de rio seco; fragmentos de coisas, fragmentos de gentes...
ResponderExcluirSó uma impressão.
Atualiza isso aqui, Giu, quero ler mais!!!
ResponderExcluirDê uma olhada nos meus minicontos, aceito todas as críticas!