No andar abaixo de onde moro, reside numa espécie de pensão de terceira uma senhora com os olhos tristes, quase dominicais. O peso da inércia só não a martirizava mais que a revolta abandono que a coitada ruminava impassível. Uma TV fora instalada naquela colônia do ócio e vinha sendo a humilhante distração daquela mulher de terceira, que à mercê da programação aberta, programava-se, entregava-se ao deprimente silêncio do objeto ligado. Enxugava gelo. Prédio sem luz dois dias e a velha mascava pescando melancolia. Nestes dias, inexplicavelmente desci de casa mais feliz.
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009
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Deus me livre! Quero morrer cedo... antes de começar a tomar qualquer remédio que não possa se misturar com bebidas alcoólicas! rs
ResponderExcluirGostei! A receita é, prá ficar feliz, observe alguém em pior situação...rsrsrs...
ResponderExcluirPra mim são dois solitários...
ResponderExcluir"Inexplicavelmente desci de casa mais feliz...", assusta um pouco....
Que coisa!confirmando ainda mais : "a solidão é fera, é amiga das horas, prima irmã do tempo..."
ResponderExcluirAbração do Burgão!
Não gostei do início mas o desfecho e o título são pra lá de sugestíveis. O poetinha tá amadurecendo e quem diria: em prosa.
ResponderExcluirBeijinhos da Aninha